sexta-feira, 22 de março de 2013

3º Semestre Pedagogia

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Faculdades Integradas Torricelli
Profº Daniele PLN 3AM
ATIVIDADE MAS                                                                                                    19/05/2011


·         O Rato Roeu a Roupa do Rei de Roma.
Objetivo:
·         Desenvolver no aluno a pratica da leitura de forma lúdica.
Procedimento do Professor:
·         Desenvolver no aluno palavras usadas em seu cotidiano.
·         Levar o aluno a apreciar diversos suportes textuais: livros, revistas e jornais.
·         Promover no aluno a vivencia, a emoção estabelecendo identificação com a fantasia e imaginação em seu cotidiano, (Personagens Animados).
·         Reconhecer o suporte textual como estratégia de antecipação da leitura.

Procedimento do Aluno:
·         Identificar palavras usadas no cotidiano.
·         Apreciar a leitura de diversos suportes textuais.
·         Relacionar a atividade proposta com seu cotidiano.
·         Construir através desse suporte textual a antecipação da sua leitura.

Intervenção:
·         Ler a Par lenda junto com os alunos.
·         Levar ao conhecimento dos alunos que a palavra Roma é o nome de uma cidade dentro de outro País.
·         Questionar o que a criança conhece sobre o rato.
·         Pedir para os alunos ilustrarem o rato, o que ele come e qual é o seu predador, após feito isso, o professor irá escrever na lousa respondendo a esta pergunta: Exemplo: RATO, QUEIJO, GATO.

A importância da leitura

A importância da leitura e da escrita na educação básica
Por: Luciane da Silva de Oliveira
Projeto de pesquisa apresentando ao curso de Graduação em Letras da Universidade Luterana Brasileira – ULBRA / POLO BELEM / PA. “Pesquisar é questionar, é relacionar teoria a prática num movimento de buscada competência e da inovação”.
Maria Fani Sheibel
Introdução
1.1 A importância da leitura e escrita na educação de forma lúdica e investigando é o assunto de nossa pesquisa, visando as dificuldades dos educandos em despertar o interesse pela leitura é que propomos formas de melhoria na educação utilizando os maios variados recursos e aplicando metodologias inovadoras como Mídia de chocolate produzido por Inês Silva Sampaio, Andréia Pinheiro Cavalcante e Alessandra Alcântara, entre outros.
Hipótese
            Partindo da realidade sócio cultural dos educandos em relação ao processo ensino aprendizagem, verificamos que é necessário repensarmos na educação do futuro como formação do conhecimento e não apenas como informação. Partindo dessa realidade, consideramos imprescindível elaborar este projeto, com a intenção de formarmos sujeitos do conhecimento despertando nos alunos o prazer pela leitura

Objetivos
Objetivo geral
            Formar sujeitos incansáveis do conhecimento num processo de formação das futuras gerações.

Objetivos específicos
            Despertar o prazer pela leitura através de diversas fontes bibliográficas.
            Contribuir para a reflexão critica no processo de socialização, através da interação família e escola.
            Potencializar o processo de leitura com relação a educação e multimídias.
            Transformar a simples informação em interesse pelo conhecimento, formando cidadãos preparados para a ciência tecnológica.

Justificativa
            Á medida que a humanidade evolui, os desafios tornam - se cada vez mais difíceis, e como não poderia deixar de ser, essa evolução depende muito do desenvolvimento da educação, portanto devemos buscar cada vez mais ferramentas capazes de nos colocar na vanguarda das soluções, é por esse motivo que propomos as mais variadas formas de explorações textuais na relação ensino e aprendizagem como instrumento de apoio a tecnologia do futuro.

Metodologia
            Este projeto poderá ser realizado em qualquer área do conhecimento de forma sistematizada e continua, ao longo do ano letivo, pois entendemos que desenvolver o gosto pela leitura, é um processo lento e deve ser trabalhado interativamente com as demais disciplinas curriculares como também a colaboração familiar e da direção da escola, centrado em um apoio cultural e político vinculado com diversos ambientes interativos e científicos, como os de universidades e prefeitura local para que possa ampliar as formas e recursos econômicos contribuindo assim, para a transformação em grandes descobertas e conhecimentos e estimulando infinitamente seres pensantes.

A importância da leitura e aprendizagem


            As tecnologias do mundo moderno fizeram com que as pessoas deixassem a leitura de livros de lado, isso resultou em jovens cada vez mais desinteressados pelos livros, possuindo vocabulários cada vez mais pobres.

            A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Muitas pessoas dizem não ter paciência para ler um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito rotineiro as pessoas saberiam apreciar uma boa obra
literária, por exemplo.

            Muitas coisas que aprendemos na escola são esquecidas com o tempo, pois não as praticamos, através da leitura rotineira tais conhecimentos se fixariam de forma a não serem esquecidos posteriormente. Dúvidas que temos ao escrever poderiam ser sanadas pelo hábito de ler, talvez nem as teríamos, pois a leitura torna nosso
conhecimento mais amplo e diversificado.

            Durante a leitura descobrimos um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas.
O hábito de ler deve ser estimulado na infância, para que o indivíduo aprenda desde pequeno que ler é algo importante e prazeroso, assim com certeza ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz. Saber ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais, pois comer, beber e dormir até eles sabem, é a leitura que proporciona a capacidade de interpretação.
Toda escola, particular ou pública, deve fornecer uma educação de qualidade incentivando a leitura, pois dessa forma a população se torna mais informada e crítica.
Por Eliene Percilia
Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 21 de março de 2013

Estágio

PLN3AM
Amparo Legal
Art. 65 da LDB 9394 / 96 – Dos profissionais da Educação
 “ A formação docente, incluirá a prática de ensino de, no mínimo, 300 (trezentas) horas.”
300 horas, distribuídas:
200 horas  - Ensino Fundamental (1º ao 5º ano).
100 horas  - Educação Infantil.
As 100 horas do semestre serão distribuídas em:
75 horas em Unidade Escolar.
10 horas – Elaboração de Resenha.
15 horas – Elaboração de Relatório.
Atividades desenvolvidas
Análise da proposta pedagógica da Escola / Normas Regimentais Básicas / Plano de Gestão da Escola.
Subsídios para o roteiro de elaboração do Relatório Final de Estágio:
  1. Objetivos do relatório e estágio
  2. Identificação da escola
       ü   Nome
       ü   Endereço
       ü   Entidade Mantenedora
       ü   Autorização de Funcionamento
       ü   Níveis e modalidades de ensino
       ü   Horários
       ü   Profissionais responsáveis (Direção/ Coordenação).
III.     Caracterização da escola
IV.     Infra-estrutura da escola / Quadro Escola / Diretrizes da Proposta Pedagógica
          (Projetos, HTPCs, etc.)
  1. Sala de aula (Rotina / Conteúdos – Expectativas de Aprendizagem)
  2.  Metodologia
  3. Relação Professor- Aluno
  4. Avaliação
  5. Parecer Final
Observações
Apresentação de Declaração
“MODELO”
            Declaramos, para fins de estágio supervisionado, que ________________,
RG _________ e CPF__________ atua  como docente nesta Instituição Escolar, sendo atribuída classe de _________, no período __________.
            Nada mais a declarar.
Alunos (as) que poderão integralizar o estágio:
ü  Programa Escola da Família (Ensino Fund. – integralizar até 200 horas).
ü   Projeto Ler e Escrever (Ensino Fundamental – integralizar até 200 horas).
ü  Educriança (Educação Infantil – integralizar até 100 horas).

Documentos / Registros a serem entregues:
1º Bimestre
Leitura e resenha do “ Caderno Gestor 3 – 2009” – Gestão e Currículo na Escola.
Grupo de até 4 pessoas.
Entrega: 30/03/2010 (terça-feira)
2º Bimestre
Declaração de Atuação e/ ou de Conclusão de Estágio.
“ Modelo”
            Declaramos, para fins de conclusão de atividades de estágio, que _______, RG _____ e CPF ________ concluiu seu projeto de estágio na área de docência, no período de __/__/__ a ___/__/__, completando o total de _____ horas.
Ficha de Controle de Estágio.
Relatório Final de Estágio.

Prazo para entrega: até 01/06/ 2010.
Ficha de Controle de Estágio.
Relatório Final de Estágio.
Prazo para entrega: até 01/06/ 2010.

Estagio Docência Cleide
                        O autor fala sobre a formação de professores dos estágios realizados em escolas, e a pratica e a teoria dos cursos de formação que estão desvinculados do campo de atuação profissional, segundo a autora a maior exigência dos alunos e que se distancia muito a teoria da pratica os cursos em um a grande maioria e mais teórico do que pratico a pratica deixa muito a desejar, somente quando vêm os estágios pode-se ver um pouco da teoria de outros profissionais de acordo com a realidade de cada um, ai observa-se um fator importante que tudo que é visto em sala de aula “teoricamente” não condiz com a realidade da sala de aula estagiada. “Na pratica a teoria é outra”.
                        Para um bom desenvolvimento no estágio é importante que se associe a teria e pratica para assim ter um bom aprendizado na pratica, mas é necessário ter claro o conceito da cada um, para um bom desenvolvimento no estagio.
                        Ao analisar os professores muitos alunos aprendem, através da observação, e selecionam o que adequado e adapta a sua realidade. O bom professor é passivo, paciente, mesmo com as divergências e as diferentes ideais.
                        A formação do professor se dará pela observação e tentativa da pratica modelar, como o aprendiz aprende o saber acumulado. O estagio então se reduz a observação dos professores em aula e seguir os modelos sem proceder a uma analise critica fundamentada teoricamente e legitimada na realidade social no processo de ensino, somente em sala, sem analise do contexto escolar, e esperado que o estagiário elabore e execute aulas modelos. A resume seu papel em ensinar se o aluno não aprende o problema e dele de sua família ou de sua própria cultura.
                        Em muitos casos as escolas usam o estagiário como massa de manobra e Mão de obra gratuita distribui funções que não cabe a ele desenvolver como ser professor substituto, quando o professor da sala falta.
                        O processo educativo é amplo, e exige muitas funções no qual o estagiário não está apto a desenrolar, mesmo assim tem de desenvolver suas habilidades em diversas situações o que implica em novas técnicas
                        A critica a didática gerou uma negação da didática, que foi substituída a um critica a escoa, uma vez que os estagiários iam para rotular professores como “tradicionais e autoritários”, o que gerou conflitos e partir daí os estagiários foram recusados, o que levou a diretoria obrigarem as escolas a aceitar os estagiários.  
A dissociação entre a teoria e a pratica presente resulta em um empobrecimento das práticas nas escolas o que deixa claro o porquê do estagio ser ao mesmo tempo teria e pratica, e a atividade docente é ao mesmo tempo pratica e ação.
No entanto o estagio dos cursos de formação de professores, tem se objetivo de completar as possibilidades, e compreendam a complexidade das praticas e das ações como alternativa no processo de sua formação.
                        A compreensão da relação entre teoria e prática possibilitou estudos e pesquisas para uma nova concepção de estágio.
                        A pesquisa como método de formação mobiliza as pesquisas que auxiliam a melhores possibilidades os futuros professores a desenvolverem habilidades e ter uma boa postura a partir do estagio.
                        Preocupados em conhecer e explicar o ensino e a aprendizagem em situações escolares, para o estudo das ações dos docentes, desenvolve se teorias a respeito dos saberes e conhecimento dos docentes.
                        A função da teoria e auxiliar o professor perspectiva de analise par a compreender o contexto histórico, social, cultural e organizacional seu próprio como profissional. Os currículos de formação de professores começam a valoriza as atividades para o desenvolvimento da capacidade de reflexão e da realização de pesquisa. Tornando a pratica existente.
                        A complexidade da educação como pratica social não é considerada como fenômeno universal, mas sim imerso num sistema educacional em um tempo histórico determinado.
                        O estagio então é considerado um dos componentes do currículo e passa a integrar o corpo do conhecimento dos cursos de formação de professores. Cabe-lhe desenvolver atividades que ajuda no aprendizado docente, nas instituições a fim de compreendê-las em sua historicidade.
            Esse conhecimento envolve o estudo, a analise, a problematização, reflexão e a proposição de soluções às situações de ensinar e aprender, executar e avaliar projetos de ensino em diferentes espaços da escola.
                        O estágio em seu percurso formativo alterna os momentos de formação dos estudantes em seu campo de estágio, as propostas entra teoria e práticas estão presentes nas instituições de ensino. Esse processo pode ser bem realizado na estrutura curricular que permitem a reflexão e analises das praticas institucionais e das ações dos professores.

ORIENTAÇÕES PARA O PRENCHIMENTO
FICHA DE CONTROLE E REGISTRO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO

·                    A ficha não deve conter rasuras;
·                    Nas folhas utilizadas deverá constar o número de página e em seqüência;
·                    Deixe para preencher a ficha depois de cumpridas as horas. Faça um rascunho a cada sessão de estágio e, só então, digite utilizando o arquivo em WORD. Ao final, imprima (em preto, de preferência) e providencie as assinaturas;
·                    Preencher o campo “período de estágio” com a data correspondente ao período realizado de estágio;
·                    Em “horário”, mantenha o padrão que define a abreviação de horas. Por exemplo: 3h (para 3 horas), 15h, 3h30 (para 3 horas e trinta minutos);
·                    No item “assunto”, descreva apenas a série que cumpriu o estágio;
·                    O carimbo da Escola deverá aparecer em todas as folhas utilizadas.

Teoria do Conhecimento

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Faculdades Integradas Torricelli
Didática
Profº Genaina PLN 3AM

A necessidade de procurar explicar o mundo dando-lhe um sentido e descobrindo-lhe as leis ocultas é tão antiga como o próprio Homem, que tem recorrido para isso quer ao auxílio da magia, do mito e da religião, quer, mais recentemente, à contribuição da ciência e da tecnologia. Mas é sobretudo nos últimos séculos da nossa História, que se tem dado a importância crescente aos domínios do conhecimento e da ciência. E se é certo que a preocupação com este tipo de questões remonta já à Grécia antiga, é porém a partir do séc. XVIII que a palavra ciência adquire um sentido mais preciso e mais próximo daquele que hoje lhe damos. É também sobretudo a partir desta época que as implicações da atividade científica na nossa vida quotidiana se têm tornado tão evidentes, que não lhe podemos ficar indiferentes. O que é o conhecimento científico, como se adquire, o que temos implícito quando dizemos que conhecemos determinado assunto, em que consiste a prática científica, que relação existe entre o conhecimento científico e o mundo real, quais as conseqüências práticas e éticas das descobertas científicas, são alguns dos problemas com que nos deparamos frequentemente. Diante desses questionamentos, este trabalho pretende fazer um apanhado geral acerca da Teoria do Conhecimento, suas correntes e representantes, de modo que se torne mais fácil a sua compreensão.

Conceito
A teoria do conhecimento, se interessa pela investigação da natureza, fontes e validade do conhecimento. Entre as questões principais que ela tenta responder estão as seguintes. O que é o conhecimento? Como nós o alcançamos? Podemos conseguir meios para defendê-lo contra o desafio cético? Essas questões são, implicitamente, tão velhas quanto a filosofia. Mas, primordialmente na era moderna, a partir do século XVII em diante - como resultado do trabalho de Descartes (1596-1650) e Locke (1632-1704) em associação com a emergência da ciência moderna – é que ela tem ocupado um plano central na filosofia. Basicamente é conceituada como o estudo de assuntos que outras ciências não conseguem responder e se divide em quatro partes, sendo que três delas possuem correntes que tentam explica-las: I - O conhecimento como problema, II - Origem do Conhecimento e III - Essência do Conhecimento e IV - Possibilidade do Conhecimento.

Principais correntes e seus representantes
A) O Conhecimento Quanto à Origem
A polêmica racionalismo-empirismo tem sido uma das mais persistentes ao longo da história da filosofia, e encontra eco ainda hoje em diversas posições de epistemólogos ou filósofos da ciência. Abundam, ao longo da linha constituída nos seus extremos pelo racionalismo e pelo empirismo radicais, as posições intermédias, as tentativas de conciliação e de superação, como veremos a seguir.
• Empirismo
“O empirismo pode ser definido como a asserção de que todo conhecimento sintético é baseado na experiência.” (Bertrand Russell).
Conceitua-se empirismo, como a corrente de pensamento que sustenta que a experiência sensorial é a origem única ou fundamental do conhecimento.
Originário da Grécia Antiga, o empirismo foi reformulado através do tempo na Idade Média e Moderna, assumindo várias manifestações e atitudes, tornando-se notável as distinções e divergências existentes. Porém, é notório que existem características fundamentais, sem as quais se perde a essência do empirismo e a qual, todos os autores conservam, que é a tese de que todo e qualquer conhecimento sintético haure sua origem na experiência e só é válido quando verificado por fatos metodicamente observados, ou se reduz a verdades já fundadas no processo de pesquisa dos dados do real, embora, sua validade lógica possa transcender o plano dos fatos observados.
Como já foi dito anteriormente, existe no empirismo divergência de pensamentos, e é exatamente esse aspecto que abordaremos a seguir. São três, as linhas empíricas, sendo elas: a integral, a moderada e a científica.
O empirismo integral reduz todos os conhecimentos – inclusive os matemáticos – à fonte empírica, àquilo que é produto de contato direto e imediato com a experiência. Quando a redução é feita à mera experiência sensível, temos o sensismo (ou sensualismo). É o caso de John Stuart Mill, que na obra Sistema da Lógica diz que todos os conhecimentos científicos resultam de processos indutivos, não constituindo exceção as verdades matemáticas, que seriam resultado de generalizações a partir de dados da experiência. Ele apresenta a indução como único método científico e afirma que nela resolvem-se tanto o silogismo quanto os axiomas matemáticos.
O empirismo moderado, também denominado genético-psicológico, explica que a origem temporal dos conhecimentos parte da experiência, mas não reduz a ela a validez do conhecimento, o qual pode ser não-empiricamente valido (como nos casos dos juízos analíticos). Uma das obras baseadas nessa linha é a de John Locke (Ensaios sobre o Entendimento Humano), na qual ele explica que as sensações são ponto de partida de tudo aquilo que se conhece. Todas as idéias são elaborações de elementos que os sentidos recebem em contato com a realidade.
Como já foi dito, para os moderados há verdades universalmente validas, como as matemáticas, cuja validez não assenta na experiência, e sim no pensamento. Na doutrina de Locke, existe a admissão de uma esfera de validade lógica a priori e, portanto não empírica, no que concerne aos juízos matemáticos.
Por fim, há o empirismo científico, que admite como válido, o conhecimento oriundo da experiência ou verificado experimentalmente, atribuindo aos juízos analíticos significações de ordem formal enquadradas no domínio das fórmulas lógicas. Esta tendência está longe de alcançar a almejada “unanimidade cientifica”.
 
• Racionalismo
É a corrente que assevera o papel preponderante da razão no processo cognoscitivo, pois, os fatos não são fontes de todos os conhecimentos e não nos oferecem condições de “certeza”.
Um dos grandes representantes do racionalismo, Gottfried Leibniz, afirma em sua obra Novos Ensaios sobre o Entendimento Humano, que nem todas as verdades são verdades de fato; ao lado delas, existem as verdades de razão, que são aquelas inerentes ao próprio pensamento humano e dotadas de universalidade e certeza (como por exemplo, os princípios de identidade e de razão suficiente), enquanto as verdades de fato são contingentes e particulares, implicando sempre a possibilidade de correção, sendo válidas dentro de limites determinados.
Ainda retratando o pensamento racionalista, encontramos Reneé Descartes, adepto do inatismo, que afirma que somos todos possuidores, enquanto seres pensantes, de uma série de princípios evidentes, idéias natas, que servem de fundamento lógico a todos os elementos com que nos enriquecem a percepção e a representação, ou seja, para ele, o racionalismo se preocupa com a idéia fundante que a razão por si mesma logra atingir.
Esses dois pensadores podem ser classificados como representantes do racionalismo ontológico, que consiste em entender a realidade como racional, ou em racionalizar o real, de maneira que a explicação conceitual mais simples, se tenha em conta da mais simples e segura explicação da realidade.
Existe também uma outra linha racionalista, originada de Aristóteles, denominada intelectualismo, que reconhece a existência de “verdades de razão” e, além disso, atribui à inteligência função positiva no ato de conhecer, ou seja, a razão não contém em si mesma, verdades universais como idéias natas, mas as atinge à vista dos fatos particulares que o intelecto coordena. Concluindo: o intelecto extrai os conceitos ínsitos no real, operando sobre as imagens que o real oferece.
Hessen, um dos adeptos do intelectualismo, lembra que há nele uma concepção metafísica da realidade como condição de sua gnoseologia, que é conceber a realidade como algo de racional, contendo no particularismo contingente de seus elementos, as verdades universais que o intelecto “lê” e “extrai”, realizando-se uma adequação plena entre o entendimento e a realidade, no que esta tem de essencial.
Por fim, devemos citar uma ramificação do racionalismo que alguns autores consideram autônoma, que é o Criticismo.
O criticismo é o estudo metódico prévio do ato de conhecer e dos modos de conhecimento, ou seja, uma disposição metódica do espírito no sentido de situar, preliminarmente o problema do conhecimento em função da relação “sujeito-objeto”, indagando as suas condições e pressupostos. Ele aceita e recusa certas afirmações do empirismo e racionalismo, por isso, muitos autores acreditam em sua autonomia. Entretanto, devemos entender tal posição como uma análise crítica e profunda dos pressupostos do conhecimento.
Seu maior representante, Immanuel Kant, tem como marca a determinação a priori das condições lógicas das ciências. Ele declara que o conhecimento não pode prescindir da experiência, a qual fornece o material cognoscível e nesse ponto coincide com o empirismo. Porém, sustenta também que o conhecimento de base empírica não pode prescindir de elementos racionais, tanto que só adquire validade universal quando os dados sensoriais são ordenados pela razão. Segundo palavras do próprio autor, “os conceitos sem as intuições são vazios; as intuições sem os conceitos são cegas”.
Para ele, o conhecimento é sempre uma subordinação do real à medida do humano.
Conclui-se então, que pela ótica do criticismo, o conhecimento implica sempre numa contribuição positiva e construtora por parte do sujeito cognoscente em razão de algo que está no espírito, anteriormente à experiência do ponto de vista gnosiológico. 

B) O Conhecimento Quanto à Essência
Nessa parte do estudo, analisaremos o ponto da Teoria do Conhecimento em que há mais divergências, sendo estas fundamentais pra o pleno conhecimento do assunto, que é o realismo e o idealismo.

• Realismo
Sabendo que a palavra realismo vem do latim res (coisa), podemos conceituar essa corrente como a orientação ou atitude espiritual que implica uma preeminência do objeto, dada a sua afirmação fundamental de que nós conhecemos coisas. Em outras palavras, é a independência ontológica da realidade, ou seja, o sujeito em função do objeto.
O realismo é subdividido em três espécies. O realismo ingênuo, o tradicional e o crítico.
O realismo ingênuo, também conhecido como pré-filosófico, é aquele em que o homem aceita a identidade de seu conhecimento com as coisas que sua mente menciona, sem formular qualquer questionamento a respeito de tal coisa. É a atitude do homem comum, que conhece as coisas e as concebem tais e quais aparecem.
Já o realismo tradicional é aquele em que há uma indagação a respeito dos fundamentos, há uma procura em demonstrar se as teses são verdadeiras, surgindo uma atitude propriamente filosófica, seguindo a linha aristotélica.
Por último, podemos citar o realismo cientifico, que é a linha do realismo que acentua a verificação de seus pressupostos concluindo pela funcionalidade sujeito-objeto e distinguindo as camadas conhecíveis do real como a participação - não apenas criadora -  do espírito no processo gnosiológico. Para os seguidores desse pensamento, conhecer é sempre conhecer algo posto fora de nós, mas que, se há conhecimento de algo, não nos é possível verificar se o objeto - que nossa subjetividade compreende - corresponde ou não ao objeto tal qual é em si mesmo.
Há portanto, no realismo, uma tese ou doutrina fundamental de que existe uma correlação ou uma adequação da inteligência a “algo” como objeto do conhecimento, de maneira que nós conhecemos quando a nossa sensibilidade e inteligência se conformam a algo de exterior a nós. De acordo com o modo de compreender-se essa “referibilidade a algo”, bifurca-se o realismo em tradicional e o crítico, que são as duas linhas pertinentes à filosofia.

• Idealismo
Surgiu na Grécia Antiga com Platão, denominado de idealismo transcendente, onde as idéias ou arquétipos ideais representam a realidade verdadeira, da qual seriam as realidades sensíveis, meras copias imperfeitas, sem validade em si mesmas, mas sim enquanto participam do ser essencial. O idealismo de Platão reduz o real ao ideal, resolvendo o ser em idéia, pois como ele já dizia, as idéias são o sol que ilumina e torna visíveis as coisas.
Alguns autores entendem que a doutrina platônica poderia ser vista como uma forma de realismo, pois para eles, o idealismo “verdadeiro” é aquele desenvolvido a partir de Descartes.
O que interessa à Teoria do Conhecimento, é o idealismo imanentista, que afirma que as coisas não existem por si mesmas, mas na medida e enquanto são representadas ou pensadas, de maneira que só se conhece aquilo que se insere no domínio de nosso espírito e não as coisas como tais, ou seja, há uma tendência a subordinar tudo à formas espirituais ou esquemas. No idealismo, que é a compreensão do real como idealidade (o que equivale dizer a realidade como espírito), o homem cria um objeto com os elementos de sua subjetividade, sem que algo preexista ao objeto (no sentindo gnosiológico).
Sintetizando, o idealismo é a doutrina ou corrente de pensamento que subordina ou reduz o conhecimento à representação ou ao processo do pensamento mesmo, por entender que a verdade das coisas está menos nelas do que em nós, em nossa consciência ou em nossa mente, no fato de serem “percebidas” ou “pensadas”.
Dentro dessa concepção existem duas orientações idealistas. Uma é a do idealismo psicológico ou conscienciológico, onde o que se conhece não são as coisas e sim a imagem delas. Podemos conceituá-lo como aquele em que a realidade é cognoscível se e enquanto se projeta no plano da consciência, revelando-se como momento ou conteúdo de nossa vida interior. Também chamado de idealismo subjetivo, este diz que o homem não conhece as coisas, e sim a representação que a nossa consciência forma em razão delas. Seus representantes são Hume, Locke e Berkeley.
A outra é a orientação idealista de natureza lógica, que parte da afirmação de que só conhecemos o que se converte em pensamento, ou é conteúdo de pensamento. Ou seja, o ser não é outra coisa senão idéia.
Seu maior representante, Hegel, diz em uma de suas obras que nós só conhecemos aquilo que elevamos ao plano do pensamento, de maneira que só há realidade como realidade espiritual.
Resumindo: na atitude psicológica, ser é ser percebido e na atitude lógica, ser é ser pensado.
 
C) Possibilidade do Conhecimento
Essa parte da teoria do conhecimento é responsável por solucionar a seguinte questão: qual a possibilidade do conhecimento?
Para que seja possível respondê-la, muitos autores recorrem a duas importantes posições: o dogmatismo e o ceticismo, os quais veremos abaixo.

• Dogmatismo
É a corrente que se julga em condições de afirmar a possibilidade de conhecer verdades universais quanto ao ser, à existência e à conduta, transcendendo o campo das puras relações fenomenais e sem limites impostos a priori à razão.
Existem duas espécies de dogmatismo: o total e o parcial.
O primeiro é aquele em que a afirmação da possibilidade de se alcançar a verdade ultima é feita tanto no plano da especulação, quanto no da vida pratica ou da Ética. Esse dogmatismo intransigente, quase não é adotado, devido à rigorosidade de adequação do pensamento. Porém, encontramos em Hegel a expressão máxima desse tipo de dogmatismo, pois, existe em suas obras uma identificação absoluta entre pensamento e realidade. Como o próprio autor diz “o pensamento, na medida em que é, é a coisa em si, e a coisa em si, na medida em que é, é o pensamento puro”.
Já o parcial, adotado em maior extensão, tem um sentido mais atenuado, na intenção de afirmar-se a possibilidade de se atingir o absoluto em dadas circunstâncias e modos quando não sob certo prisma. Ou seja, é a crença no poder da razão ou da intuição como instrumentos de acesso ao real em si.
Alguns dogmáticos parciais se julgam aptos para afirmar a verdade absoluta no plano da ação. Entretanto, outros somente admitem tais verdades no plano especulativo. Daí origina-se a distinção entre dogmatismo teórico e dogmatismo ético.
O dogmatismo ético tem como adeptos Hume e Kant, que duvidavam da possibilidade de atingir as verdades últimas enquanto sujeito pensante (homo theoreticus) e afirmavam as razões primordiais de agir, estabelecendo as bases de sua Ética ou de sua Moral.
Por conseguinte, temos como adepto do dogmatismo teórico, Blaise Pascal, que não duvidava de seus cálculos matemáticos e da exatidão das ciências enquanto ciências, mas era assaltado por duvidas no plano do agir ou da conduta humana.

• Ceticismo
 Consiste numa atitude dubitativa ou uma provisoriedade constante, mesmo a respeito de opiniões emitidas no âmbito das relações empíricas. Essa atitude nunca é abandonada pelo ceticismo, mesmo quando são enunciados juízos sobre algo de maneira provisória, sujeitos a refutação à luz de sucessivos testes.
Ou seja, o ceticismo se distingue das outras correntes por causa de sua posição de reserva e de desconfiança em relação às coisas.
Há no ceticismo – assim como no dogmatismo – uma distinção entre absoluto e parcial, ressaltando que este último não será discutido nesse trabalho.
O ceticismo absoluto é oriundo da Grécia e também denominado pirronismo. Prega a necessidade da suspensão do juízo, dada a impossibilidade de qualquer conhecimento certo. Ele envolve tanto as verdades metafísicas (da realidade em si mesma), quanto as relativas ao fundo dos fenômenos. Segundo essa corrente, o homem não pode pretender nenhum conhecimento por não haver adequação possível entre o sujeito cognoscente e o objeto conhecido. Ou seja, para os céticos absolutos, não há outra solução para o homem senão a atitude de não formular problemas, dada a equivalência fatal de todas as respostas.
Um dos representantes do ceticismo de maior destaque na filosofia moderna é Augusto Comte.
Conclusão
Esse trabalho buscou de forma concisa reunir informações gerais acerca da Teoria do Conhecimento, baseando-se na visão de Miguel Reale, reunindo conceitos e origem de algumas correntes, seus objetivos e representantes.
BIBLIOGRAFIA
Reale, Miguel, Introdução à filosofia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 65-76;85-89; 119-123.
Autoria: Érika Batista Santos
http://www.coladaweb.com/filosofia/teoria-do-conhecimento